quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Onde Tudo Começou - Nickelback


O Nickelback foi formado em 1995, em Vancouver, no Canadá, pelos irmãos Chad Kroeger (vocal e guitarra) e Mike Kroeger (baixo) junto de seu colega Ryan Peake (guitarra). O baterista Brandon Kroeger gravou apenas o primeiro álbum “Curb” e foi substituído por Mitch Guindon por um curto período de tempo até a entrada de Ryan “Nik” Vikedal.

O nome da banda surgiu quando Mike estava trabalhando no Starbucks, uma loja americana, e ao entregar o troco, ele tinha a mania de dizer várias vezes: "here's your nickel, back" (“aqui está seu troco”).

O disco "The State" de 1999 foi lançado nos EUA em março de 2000, estourando nas rádios com os singles "Breath", "Leader of Men" e "Old Enough”.

Um fato curioso é que o álbum “The State” foi lançado primeiro independente com uma capa, depois pela EMI a gravadora do Nickelback no Canadá, com outra capa um pouco diferente, e reeditado pela Roadrunner nos EUA com outra capa, existindo um mesmo disco no mercado com três capas diferentes.

O grande sucesso na terra do Tio Sam leva o Nickelback a fazer mais de 200 shows nos Estados Unidos, excursionando com grandes bandas como Creed, 3 Doors Down e Fuel.

O álbum "Silver Side Up", de 2001, foi produzido pelo veterano Rick Parashar, que já havia trabalhado com o Pearl Jam, e mixado por Randy Staub (Metallica, U2). Foi gravado em setembro, em cinco semanas em Vancouver no Greenhouse studio, (onde foi gravado também “The State”), tendo a participação da guitarra slide de Ian Thornley da banda Big Wreck.

EUA em"How You Remind Me" foi o primeiro single do álbum “Silver Side Up”, que fez com que o Nickelback escalasse as paradas de discos mais vendidos, esta música foi escrita em 15 minutos, nos ensaios antes da banda entrar em estúdio, sendo indicada para quatro prêmios Grammy e para quatro prêmios Billboard.Esta música foi a mais tocada em 2002 nos EUA, de acordo com a Billboard, dando o título ao Nickelback de artistas de rock mais tocados nos 2002 em todos os formatos de rádio.

O sucesso estrondoso de “Silver Side Up” fez com que o Nickelback recebesse disco de platina na Alemanha e na Holanda, na Austrália recebeu o platina duplo, no Reino Unido o platina triplo, nos Estados Unidos recebeu o disco de platina quíntuplo, na sua terra natal, o Canadá recebeu oito vezes o disco de platina e mais dez discos de platina ao redor do mundo.

O Nickelback já participou de várias trilhas sonoras como a do filme “O Escorpião Rei” (Scorpion King) com “Yanking Out My Heart” e a cover para a música de Elton John “Saturday´s Night Alright” junto com o vocalista Kid Rock para a trilha de “As Panteras - Detonando” (Charlie´s Angels – Full Throthle).
De trilhas para filmes de super-heróis dos quadrinhos da Marvel já são três: “Hero” foi gravada por Chad Kroeger ao lado de Josey Scott, vocalista do Saliva para a trilha do “Homem-Aranha” (Spider-Man), “Learn the hard way”, gravada para o filme “Demolidor” (Daredevil) e a sua última contribuição foi para o “O Juticeiro” (“The Punisher”) com a música “Slow Motion”.

‘The Long Road”, foi gravado parte na Greenhouse Studios e parte no estúdio da casa de Chad, também em Vancouver e é o trabalho mais honesto, agressivo e emocional deles, deixando todos muito orgulhosos disto, segundo Chad Kroeger: “Os fãs do verdadeiro rock n´roll vão ter uma surpresa, o álbum é menos direcionado a mim e a coisas que passei, é sobre experiências que cada um de nós podemos passar e o que podemos aprender com isso, é o primeiro álbum sem nenhuma influência de fora, nós trabalhamos juntos pra gravar um disco que realmente queríamos gravar, sem nenhuma inibição, não poderia ser de outra maneira”.

Quinto álbum da carreira, All The Right Reasons segue à risca a mesma fórmula apresentada nos anteriores, alternando músicas mais pesadas puxadas por refrões marcantes a baladas feitas sob medida para levantar estádios em todo o mundo.

A superexposição da banda, figurinha tarimbada na MTV e nas rádios Brasil afora, certamente afastará rockeiros mais ortodoxos, mas a verdade é que o grupo é muito competente no que se propõe a fazer, soando honesto não só neste álbum, mas em toda a sua carreira.

“All The Right Reasons” abre com a levada de bateria da pesadíssima “Follow You Home”, que por alguns segundos me lembrou “We´re An American Band”, do Grand Funk. A segunda faixa, “Fight For All The Wrong Reasons”, traz o peso das guitarras em primeiro plano, numa levada mais cadenciada que explode em forte refrão.

Como já é tradicional nos trabalhos do grupo, baladas prontas para estourar mundialmente pontuam o álbum. “Photograph”, o primeiro single, segue o caminho de “Hero”, cantada pelo vocalista Chad Kroeger na trilha do primeiro “Homem-Aranha”. Em “Savin´ Me” os violões fazem companhia às guitarras pesadas da banda. A melosa “Far Away” tem uma linha vocal que em certos momentos lembra “Time After Time”, hit da cantora Cindy Lauper nos anos oitenta. “If Everyone Cared” começa mansa e cai em um refrão grudento, que com certeza será cantado a plenos pulmões mundo afora. A música está tão pronta e bonitinha que é possível até imaginar como será o clip...

Deixando de lado as baladas, merecem destaque o peso e a competência da banda em compor músicas agradáveis. Exemplos disso são “Animals” e “Side Of A Bullet”, repletas de belos momentos, com o destaque de sempre para a bela voz de Chad Kroeger.

O Nickelback até se arrisca um pouco, tentando novos caminhos em “Next Contestant”, que começa com uma guitarra que lembra um pouco o Pink Floyd fase “The Wall”, mas não passa de uma tentativa, logo caindo na fórmula consagrada (e às vezes repetitiva) do grupo. Fechando o álbum temos a pop “Someone That You´re With”, que deve agradar surfistas e skatistas, e a bela balada autobiográfica “Rockstar”.

Se você não gosta de Nickelback, não vai ser “All The Right Reasons” que vai fazer você gostar. Apesar de tudo, o álbum surpreende e nos entrega alguns belos momentos, principalmente quando o grupo deixa de lado as baladas e investe mais no peso e nos riffs. A banda é competente, o vocalista é muito bom.

“All The Right Reasons” não vai mudar a vida de ninguém, a não ser dos integrantes do Nickelback, mas apesar de tudo é um bom álbum, que merece ser ouvido com atenção, ainda mais em uma época repleta de clones de Blink 182. Pelo menos é muito mais honesto.

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